Carros de 7 lugares são uma tendência?

SUVs adotam funcionalidade de bancos extras e devem assumir de vez a posição de veículos familiares, dizem consultores

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Fernando Miragaya
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Muito se fala que os utilitários esportivos acabaram com as station wagons e minivans. Isso porque o SUV reuniu o apelo familiar que as duas carrocerias ofereciam, com o argumento de ser um veículo mais alto e com aparência robusta. Mas eles não vão parar por aí. Novos carros de 7 lugares prometem sacramentar os sport utilities como o automóvel da família do novo milênio.

Basta ver que muitos SUVs retomam esta proposta de carros de 7 lugares. A Jeep vai lançar esse ano o Grand Commander, o seu primeiro modelo para sete passageiros, a Dacia quer fazer uma variante com bancos extras da próxima geração do Duster, assim como a General Motors com o segundo Equinox, e a Hyunday com o Alcazar (o Creta de sete lugares), enquanto Ford e Volkswagen têm SUVs maiores na China, já dentro desta proposta.

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Mesmo aqui no mercado brasileiro já é comum vermos entre os SUVs médios variantes de carros 7 lugares. VW Tiguan, Caoa Chery Tiggo 8, Mitsubishi Outlander, Kia Sorento e JAC T80 são alguns exemplos dentro da categoria. Um degrau acima, temos Chevrolet Trailblazer, Hyundai Santa Fe, Mitsubishi Pajero Sport, Peugeot 5008, Toyota SW4, entre outros.

Caminho natural

Para especialistas e analistas do mercado automotivo, a tendência é que os SUVs absorvam cada vez mais as funcionalidades de outras categorias. E como a predileção do mercado é pelos utilitários, isso força uma versatilidade dos spot utilities. Ou seja: os SUVs serão cada vez mais... crossovers (termo usado para modelos que agregam características de outras carrocerias).

"O SUV acabou virando multiuso. Tem apelo de SUV, mesmo sem ter tração 4x4, e já coloca terceira fileira de bancos. As marcas sofisticam cada vez mais os SUVS para oferecer um leque de opções bem maior. Pode levar a família, se não quiser levar deita os bancos e tem um porta-malas amplo para transportar até uma prancha de surfe", explica o consultor Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive.

A própria característica "física" do SUV permite esta funcionalidade, como a de se tornar um carro de 7 lugares.  "A concorrência no segmento aumentou, em consequência da demanda, fato que abriu uma gama importante de alternativas que, em outros modelos, como sedãs, não são possíveis", pondera Valdner Papa, da Consult Motors.

Novo normal

Para o consultor automotivo, inclusive, a pandemia do novo coronavírus se tornou mais um agente transformador dos SUVs. "A pandemia provocou uma mudança importante na necessidade logística, uma vez que muitos migraram para locais fora dos grandes centros, aumentando a frequência de viagens, e com a família e bagagem, o que reforça o segmento dos SUVs", analisa Papa.

O curioso é que os veículos familiares parecem viver ciclos. E o SUV como carros de 7 lugares mostram ser a "era da vez". Sem data para terminar...

"Teve a época das peruas. Os sedãs incorporaram suas características e mataram as peruas. As minivans morreram e tudo foi incorporado dentro de um SUV. É um veículo que pode ser um carro familiar, um esportivo, o que o cliente quiser. O SUV está atendendo toda a necessidade de mercado com um público cada vez maior", diz Garbossa, da ADK.

Os carros de 7 lugares já disponíveis no mercado

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