F1: O Filme faz vibrar quem gosta de automobilismo

Calma. Não sou um crítico de cinema. Por isso, não espere uma resenha incrível sobre "F1: O Filme". Mas sou um aficionado por Fórmula 1 desde que me entendo por gente, e que viveu com o olhar de uma criança o auge e a trágica morte de Ayrton Senna. Por isso o relato aqui é de quem aprecia, acima de tudo, velocidade.

Então, se você é assim como eu - e gosta de uma sala de cinema com pipoca, refrigerante e mais algumas guloseimas -, minha sugestão é: compre imediatamente seu ingresso para "F1: O Filme", que tem a parceria da Webmotors. É muito bom!

A obra cinematográfica estrelada por Brad Pitt impressiona pelas cenas dentro das pistas. A esmagadora maioria gravada durante os GPs de própria Fórmula 1. Todos os carros são da categoria. Todos os pilotos são da categoria - sim, estamos falando Max Verstappen, Charles Leclerc, Fernando Alonso e Lewis Hamilton, que, inclusive, é um dos produtores do filme. Frédéric Vasseur (Ferrari), Zack Brown (McLaren), Toto Wolf (Mercedes) e até Günter Steiner (uma das figuras mais carismáticas das séries "Drive to Surviver" na época em que era chefe de equipe da Haas) também dão suas caras - e arrancam até algumas risadas com suas interpretações pontuais.

E esses pontos particularmente me conquistaram. Ah! O áudio também é incrível. Na sala IMAX da Cinépolis do Shopping JK Iguatemi, na Zona Sul de São Paulo (SP), a experiência foi completa - e, sim, me peguei prendendo a respiração em algumas cenas em que os carros disputavam cada centímetro de pista.

Trata-se de um filme que leva você de uma maneira intensa para o mundo milionário e sedutor das corridas de F1. É incrivelmente imersível - especialmente no momento em que estamos dentro do cockpit com os pilotos (se você joga games de corrida, certeza que vai pirar ainda mais).

E aqui devemos tirar o chapéu para o diretor Joseph Kosinski, que soube como explorar com uso de muitas câmeras nos carro - e até utilização de câmera de iPhone (Apple Studios é uma das produtoras) - para tornar as cenas de ação extremamente reais. E consegue. Melhores que "Top Gun: Maverick", obra também dirigida por Kosinski.

F1: O Filme vai por um caminho que não tem erro

A história do filme não é impressionante. E parece que a ideia não é ser, e explorar algo mais comum e factual. Tudo segue perfeitamente o roteiro de um filme blockbuster. Por isso, não se arme com críticas antes de do final, que chega até ser surpreendente dentro tantas situações de um roteiro previsível.

Os acontecimentos giram em torno de Sonny Hayes (Brad Pitt), um piloto veteraníssimo, talentoso e arrogante que teve um início de carreira promissor, mas que após um acidente perde o rumo da carreira e da própria vida, e passa a viver de corrida em corrida nas mais variadas categorias, sem muito destaque. Um cara para ser odiado inicialmente, mas que conquista pelo carisma.

Hayes então é chamado por um antigo companheiro de pistas e atual chefe da equipe APX GP, Ruben Cervantes, interpretado pelo sempre impecável Javier Bardem, para tentar salvar sua equipe de uma possível venda por parte dos acionistas, caso não vença uma corrida na temporada - que já está pela metade, faltando poucos GPs para o seu fim. A missão de Hayes é ajudar o piloto novato Joshua Pearce, personagem de Damson Idris, um jovem rápido e tão arrogante quanto Hayes, mas em uma versão Geração Z.

Se vai dar certo ou não, a tela do cinema vai contar para você muito melhor do que minhas palavras. Posso garantir, porém, que as cenas de ação, o realismo impressionante, o som, o mundo real da Fórmula 1 e o magnetismo causado pelos personagens, especialmente por Hayes, vão fazer você sair do cinema com um sorriso na cara e a sensação que o preço do ingresso valeu! Dessa vez assisti como convidado da Warner Bros., mas já comprei o meu para assistir novamente...

F1 - O Filme (F1: The Movie)