Fora de linha no Brasil desde o primeiro semestre do ano passado, o Nissan Sentra é sucesso de vendas na China, o maior mercado automotivo do mundo, onde o sedã médio é chamado de Sylphy. É o que mostram números revelados pela consultoria Focus2Move que abordam o balanço das vendas no país asiático em 2021. Os dados revelam, ainda, que o mercado chinês mostrou recuperação na comparação com 2020, ano muito afetado pela pandemia do coronavírus.

O Nissan Sentra vendido no Brasil até o ano passado era da geração anterior. Apesar de parar de comercializar o sedã médio em nosso mercado, a Nissan nunca confirmou que a nova geração do modelo estava descartada para o país.
No ano passado, inclusive, a Nissan Mercosul chegou a confirmar a venda do novo Sentra (lançado no exterior em 2019) em nosso mercado. A desvalorização do real perante o dólar é o principal empecilho para o sedã fabricado no México desembarcar no Brasil com preços competitivos em um segmento que vem perdendo espaço para os SUVs nos últimos anos. De qualquer forma, o modelo ainda está entre os sedãs previstos para 2022 para o país.
A liderança do Nissan Sentra no mercado chinês em 2021 foi alcançada com a comercialização de 500.150 unidades, de acordo com os dados compilados pela Focus2Move. A segunda posição no ranking ficou com o Wulling Mini Truck (494.412 unidades), seguido pelo subcompacto elétrico Wulling Hongguang Mini EV (426.484 unidades), na terceira colocação.
Maior mercado automotivo do mundo, a China registrou crescimento de 3,2% na venda de veículos em 2021, após comercializar mais de 25,6 milhões de unidades, segundo a consultoria Focus2Move. Para se ter uma ideia do que representa a China no mercado global, o Brasil teve "apenas" 1.974.431 automóveis e comerciais leves comercializados em 2021, de acordo com o levantamento da Fenabrave (associação de concessionários).Apesar do expressivo número de vendas gerais, a China apresentou desempenho positivo apenas no primeiro trimestre de 2021, com uma queda mais acentuada registrada no terceiro trimestre. O mercado chinês tem desacelerado desde 2016, depois de ter alcançado 30% das vendas globais.
O governo chinês mudou sua atenção do volume total para o mix de motores e passou a criar, progressivamente, incentivos para veículos compactos e de menor emissão, ao mesmo tempo em que apoia o investimento nos modelos elétricos.
Desde janeiro de 2017, o governo chinês aumentou de 5% para 7,5% a alíquota de impostos para veículos com motorização superior a 1.6 litro. Naquele ano, as vendas gerais foram de 28,2 milhões de unidades.
No entanto, em 2018, as vendas de veículos leves novos caíram progressivamente, fato que acompanhou a desaceleração da demanda do consumidor interno. De fato, o mercado interrompeu a tendência positiva dos últimos anos, e fechou 2018 com 27,5 milhões de unidades vendidas (-3,7% na comparação com 2017). Em 2019, o ano completo terminou em 25,7 milhões, queda de 6,5% em relação ao ano anterior.
Devido à pandemia do novo coronavírus, as vendas caíram em 2020 no mercado chinês. Os 24,7 milhões de veículos comercializados representaram um volume 4,1% menor em relação a 2019.
Em 2021, o ano começou extremamente positivo para o mercado chinês na comparação com o ano anterior, principalmente devido aos níveis de vendas muito baixos no primeiro trimestre de 2020. No primeiro trimestre foram vendidas 6,03 milhões de unidades, aumento de 61,7% nas vendas, enquanto no segundo trimestre as vendas permaneceram quase estáveis, com queda de 1,3% nas vendas com 6,12 milhões de unidades.
No terceiro trimestre de 2021, as vendas caíram rapidamente cerca de 14,2% (5,82 milhões de unidades), e 5,5% no quarto trimestre (7,69 milhões de veículos). De fato, as vendas anuais para 2021 foram de 25,65 milhões, aumento de 3,2% em relação a 2020.



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