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Novo Honda City: muita evolução! Só falta o turbo

Sedã está mais tecnológico e com mais itens de segurança, mas, melhor motorização deixaria rivais atrás na concorrência

por Guilherme Silva

Mostramos recentemente aqui no WM1 os detalhes de todas as versões do novo Honda City, lançado em novembro, mas faltava dar uma volta no sedã para ver se o modelo realmente evoluiu em relação à geração anterior. Antes de falar como é dirigir a novidade, vale relembrar que as primeiras unidades do modelo chegam às concessionárias em janeiro em três versões: EX (R$ 108.300), EXL (R$ 114.700) e Touring (R$ 123.100).

Já a inédita variante hatchback, que substituirá o Fit em nosso mercado, terá os preços das versões EXL e Touring divulgados somente em janeiro, para chegar às revendas em março do ano que vem.
O Honda City é comercializado no Brasil desde 2009 apenas na carroceria sedã, que chega à sua terceira geração no país (a segunda estreou em 2014). Além do visual atualizado, o novo Honda City ficou ligeiramente maior que o antecessor.
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Com 4,55 metros de comprimento, o novo City é 9,4 centímetros mais comprido e 5,3 cm mais largo que a geração anterior. A distância entre-eixos de 2,60 m, no entanto, foi mantida. Apesar do ganho de alguns centímetros na carroceria, o porta-malas teve a capacidade reduzida de 536 litros para, ainda bons, 519 litros. Segundo a Honda, o novo City é construído com uma estrutura 20,4% mais rígida e 4,3 kg mais leve que a antiga.

Primeiras impressões

O nosso primeiro contato com o novo Honda City foi com a versão Touring, a mais completa. Ao vivo, na opinião do repórter, o carro é mais bonito que nas fotos. O desenho da carroceria tem elementos modernos, como os faróis e as lanternas de LED, mas segue o estilo tradicional com o qual o consumidor de sedãs está acostumado. Mas, bem que na configuração mais cara, o City poderia ter um jogo de rodas de diâmetro um pouco maior que o conjunto de 16 polegadas para conferir um toque de esportividade.

A cabine continua espaçosa para quatro adultos, mas os clientes das gerações anteriores perceberão uma sensível melhora no acabamento. Os plásticos aparentam uma qualidade superior, enquanto as portas e o painel contam com partes macias ao toque feitas de material que imita couro. Os botões que controlam o ar-condicionado digital são confeccionados de metal acetinado, mas o plástico preto brilhante do console da alavanca de câmbio é suscetível a riscar com facilidade.
Na versão Touring, o novo Honda City recebe bancos e painéis internos das portas revestidos de couro cinza claro. Muita gente ainda torce o nariz para esse tipo de material, uma vez que não dá para disfarçar a sujeira como em um interior com couro escuro. Contudo, é inegável como essa combinação de cores realça o ar de sofisticação de praticamente qualquer carro.

Sentado no posto do motorista, a sensação inicial do condutor é que o City está mais parecido com o Civic do que com o Fit, como ocorria nos modelos anteriores. A posição de guiar mais baixa agrada, sobretudo pela boa empunhadura do novo volante com regulagens de altura e profundidade. O painel mais baixo e os retrovisores externos, reposicionados das colunas A para as portas, ampliam o campo de visão do motorista e, consequentemente, melhoram a visibilidade à frente.

Motor turbo cairia como uma luva

Após encontrar a posição ideal de dirigir e dar a partida no motor pelo botão no painel, percebe-se, nas primeiras arrancadas, que o novo motor 1.5 aspirado com injeção direta deixou o sedã mais ágil. Os 10 cv a mais, de fato, deram um fôlego extra ao City, mas o desempenho ainda é mais comedido que o dos propulsores 1.0 turbo de três cilindros de alguns concorrentes (Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20S e Volkswagen Virtus).

As respostas do motor nas retomadas dependem das reduções do câmbio automático CVT - que simula até sete marchas - para fazer o City ganhar velocidade. Nessa condição, o nível de ruído na cabine aumenta consideravelmente – o que é relativamente normal em carros com câmbio de variação contínua.
Construído com novos bloco e cabeçote, o motor de quatro cilindros identificado pela nomenclatura DI DOHC I-VTEC, entrega 126 cv de potência a 6.200 rpm e 15,5 kgf.m de torque a 4.600 rpm. Além da injeção direta de combustível, esse propulsor ainda recebeu duplo comando variável de válvulas.

A Honda diz que o desempenho do novo City não é tão inferior ao dos concorrentes turbinados, mas destaca que o seu carro atingiu médias de consumo melhores que os rivais. De acordo com os dados do Inmetro, o City sedã faz 9,2 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada quando abastecido com etanol. Com gasolina no tanque, os números são de 13,1 km/l em percurso urbano e 15,2 km/l, em uso rodoviário.

Em condições mais tranquilas, o City é um carro que embala fácil e cruza rodovias em velocidade de cruzeiro com bom nível de conforto e de silêncio. Além da boa estabilidade direcional em retas, o sedã se comporta bem em curvas de estradas sinuosas.
Segundo a Honda, as suspensões (McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira) foram equipadas com novos amortecedores que utilizam o próprio fluido e uma válvula extra para evitar pancadas de final de curso ao passar sobre buracos, por exemplo. O resultado é um carro com rodar mais macio, mas que ainda transmite segurança em mudanças de direção mais rápidas.
Outra novidade do novo Honda City são os controles de estabilidade e tração, inexistentes nas gerações anteriores – e que agora são obrigatórios por lei no país para modelos novos.

Equipamentos de segurança à la Accord

Todas as versões do City são equipadas de série com seis airbags, Isofix para a fixação de cadeirinhas infantis, câmera de ré e os já citados controles de estabilidade e tração. Na configuração intermediária EXL, o sedã recebe o LaneWatch, sistema que aciona uma câmera instalada no retrovisor do lado direito e mostra na tela de 8” da central multimídia a imagem do ponto cego do veículo ao acionar a seta.
Por sua vez, a versão topo de linha Touring adiciona faróis full-LED com acendimento automático, sensores de estacionamento dianteiro e o pacote de assistências de segurança Honda Sensing, que estreou no Brasil em 2018 no sedã grande Accord. Com isso, o sedã passa a contar com ajuste automático do farol alto, frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo e leitor de saída de faixa ativo com correção no volante.

Conclusão

O novo Honda City deu um salto de tecnologia em relação à geração anterior. Apesar de estar mais caro que os concorrentes, é o único modelo do seu segmento a oferecer um nível de assistências de condução capaz de fazer inveja a carros de categorias superiores. Uma pena que a Honda não aproveitou essa renovação do sedã para incluir o eficiente e elogiado motor 1.0 turbo de 122 cv e 17,6 kgf.m (números que poderiam ser incrementados com a tecnologia flex) do City vendido na Ásia.
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