Qual o futuro dos Honda Civic, Fit e City?

Veja os prováveis destinos dos dois modelos mais emblemáticos da marca no Brasil, e como o sedã compacto será afetado

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Fernando Miragaya
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A Honda construiu sua imagem e suas fortes vendas no Brasil em cima de dois modelos fundamentais: Fit e Civic. Ironicamente, esses carros-chefes da marca japonesa desde o início do século estão sem futuro por aqui. Ou, se preferir, com perspectivas bem tímidas.

Honda Fit 2021 2
O Fit novo não emplacará no Brasil. Plataforma é cara para um segmento que não se expande
Crédito: Divulgação
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Tudo começou com o lançamento da nova geração do Fit, em 2019. A despeito do desenho bastante controverso do monovolume compacto, o carro passou a usar plataforma e tecnologias caras. Por esta razão, o modelo está pela "bola sete", já que a categoria - mesmo de hatches pequenos - não dá sinais de que vá crescer significativamente.

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A solução - para não deixar clientes órfãos e não abandonar o segmento - será caseira. A Honda recorrerá a um projeto para mercados emergentes, o City, que pela primeira vez terá no Brasil sua variante hatch. A ideia é que o modelo atue na faixa hoje ocupada pelo Fit para concorrer com os chamados compactos premium: VW Polo, Toyota Yaris, Fiat Argo, Kia Rio, Peugeot 208, etc.

Honda City Hatch Traseira
City Hatch chegará no início do ano que vem para brigar com os compactos premium
Crédito: Divulgação
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O City hatch chegará no primeiro trimestre de 2022, mas a terceira geração do sedã chega antes. Conforme você já leu aqui no WM1, o três-volumes será lançado em outubro deste ano. A linha usará o mesmo motor 1.5 do Civic Touring, porém, sem turbo: apenas injeção direta, comando variável e potência acima dos 130 cv com etanol.

E o Civic?

Civic estreou a décima geração globalmente, mas esse modelo só deve vir para cá importado
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Assim como o Fit, o Civic também ganhou uma nova geração lá fora recentemente. Só que a Honda não deve vendê-la aqui. Ou melhor, só vai comercializar o sedã médio importado e em uma versão única, híbrida, topo de linha, com preço que - hoje - flutuaria na casa dos R$ 200 mil. Quer dizer, será um produto de nicho.

Isso porque a Honda, segundo fontes, aposta e confia em dois modelos para tapar o buraco que será deixado pelo Civic. Um é o próprio City sedã, que teria versões bem completas para beirar o segmento de médios. Outro é o HR-V, que estreou segunda geração global e cresceu para ser um médio. A marca japa acredita que muitos clientes da categoria do Civic continuarão a migrar para os SUVs.

Quem desconfia do sucesso dessa estratégia é a rede. Muitos concessionários pressionam a Honda para manter o Civic e não deixar o mercado de sedãs médios de bandeja para o Toyota Corolla. Fora o fato de que o City é um compacto, menor que o rival da Toyota e com um nível de acabamento inferior - pelo menos, historicamente.

Novo SUV compacto

A boa nova é que dessa plataforma do City nascerá um modelo para substituir o WR-V. Será um crossover mais "genuíno" para mudar a fama que o modelo atual tem no segmento de ser "apenas um Fit bombado". Coisa para depois de 2022.

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