Nova era de motores é turbo; veja o que vem por aí

Há alguns anos poucas montadoras utilizavam esse tipo de tecnologia... Hoje, praticamente todas aderiram ao movimento

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André Deliberato
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Não tem jeito. Para que os fabricantes de automóveis conseguissem cumprir as metas estipuladas por governos ao redor do mundo, em busca de melhores índices de emissões e menos poluentes, o jeito foi apelar para tecnologia.

Downsizing (redução de tamanho) do motor, com aplicação de sistemas de sobrealimentação ao conjunto, como é o caso do turbocompressor, é um desses recursos.

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Uma década atrás eram poucas as marcas que utilizavam esse tipo de aplicação mecânica em motores flex e/ou a gasolina. Naquela época, veículos com turbina costumavam ser movidos a diesel, esportivos de luxo ou até carros customizados, que normalmente sofriam preconceitos.

O mundo mudou e agora o turbo parece ser uma das apostas mais quentes, mesmo em carros compactos. Alguns fabricantes já aderiram em veículos maiores, outros começaram em modelos mais enxutos. Confira abaixo novidades sobre esse assunto que devem surgir nos próximos anos.

Honda

A japonesa é uma das marcas que há pouquíssimo tempo sequer tinha motor turbo em sua cartela de propulsores. Tudo mudou depois do lançamento da décima geração do Civic, em 2016. Em sua versão topo de linha Touring, o carro utiliza um 1.5 turbo a gasolina de até 173 cv.

Depois dele, Civic Si, CR-V e até o HR-V mais caro adotaram o conjunto, mesmo que em calibrações distintas. E não parou por aí: a próxima geração do City deve adotar propulsor 1.0 turbo, tal qual o rival Onix Plus. Esse motor deve se espalhar nos próximos anos para Fit e WR-V.

Novo City tem capô mais abaulado, grade bicuda e faróis com filete contínuo de leds como luzes diurnas
Futuro Honda City terá motor 1.0 turbo e desenho inspirado nos sedãs maiores Civic e Accord
Crédito: Divulgação
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Chevrolet

A Chevrolet é outra marca que demorou um pouco a apostar na tecnologia do turbocompressor. Mas os tempos são outros. Agora, Cruze, Equinox, Onix e Onix Plus têm trem-de-força com o mesmo tipo de alimentação. Em breve, o SUV Tracker e a minivan Spin receberão a tecnologia.

O Cruze e o Cruze Sport6 utitilizam o 1.4 turboflex de até 153 cv, enquanto o Equinox utiliza um 1.5 turbo de 172 cv ou mesmo um 2.0 de 262 cv. Já os futuros Tracker e Spin vão utilizar o mesmo conjunto 1.0 turbo do Onix e do Onix Plus.

Onix Plus foi uma das importantes novidades da GM em 2019 e trouxe novo conjunto turbinado
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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FCA

Até mesmo o Grupo FCA (de Fiat e Jeep) vai focar no turbo em motores a gasolina nos próximos anos. A Jeep, por exemplo, deve empregar no Renegade, um de seus SUVs mais vendidos, uma versão turbinada do motor Firefly.

Segundo fontes, a potência deve ficar perto dos 150 cv e dos 180 cv, em duas opções de rendimento, enquanto o torque estimado é de quase 27 kgf.m. A Toro também deve receber esse motor.

Tem mais: a marca trabalha no desenvolvimento de um 1.0 turbo de três cilindros e 12 válvulas, que ficará restrito aos compactos da Fiat, Uno e Mobi, além dos próprios Argo e Cronos.

Jeep Renegade sai da mesma fábrica que seu "irmão" Compass e sua "prima" Toro
Crédito: Divulgação
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Volkswagen

A alemã é uma das precursoras da utilização de turbo no Brasil. Desde o começo da década a empresa investe neste tipo de tecnologia. Muitos compradores optaram por investir em modelos da marca pelos bons números de potência e torque, e excelentes níveis de consumo de combustível.

São três principais vertentes de motorização turbo na Volks: 1.0 TSI (de up!, Polo e Virtus); 1.4 TSI (Golf, Jetta, Tiguan) e o mais exclusivo, 2.0 TFSI (de Jetta GLi, Golf GTi e Tiguan R-Line). Vejam só: praticamente todos os carros da marca, hoje em dia, oferecem esse tipo de tecnologia.

Jetta GLI é um dos carros da Volks que usa o poderoso 2.0 TSI com 230 cv de potência máxima
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Renault

A Renault é outra marca que vai se render ao turbo nos próximos anos. A nova geração do Duster, flagrada em testes no Brasil algumas vezes, deverá ser a responsável por estrear uma motorização inédita,  - que, aos poucos, vai se espalhar por outros modelos da empresa.

Trata-se do 1.3 turbo (chamado de TCe), que vai substituir o atual 2.0 aspirado das versões mais caras. Lá fora, este motor pode render até 130 cv e 24,5 kgf.m de torque, mas é importante destacar que também há versões mais fortes. Mesmo com a novidade, o câmbio automático dos próximos Duster, Captur e cia continuará a ser o CVT.

Futuro Renault Duster tem cara e jeitão de um Sandero Stepway anabolizado e usará turbo
Crédito: Divulgação
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