Chevrolet Equinox é ótima escolha para famílias

Você viu aqui no WM1 que a Chevrolet atualizou o Equinox para nivelar o SUV aos principais rivais do segmento. Mas quais são os trunfos deste SUV, que vem importado do México? Para o teste de hoje, trouxemos a versão mais cara, a Premier, e vamos descobrir tudo que ela tem de bom - e também algumas coisas que não são tão legais.

Vale lembrar que o Equinox é o concorrente da GM para o Jeep Compass, grande líder entre os SUVs médios, e para Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos e outros utilitários dessa faixa de preço, como Caoa Chery Tiggo 7 Pro, Mitsubishi Eclipse Cross e Ford Territory. Hoje, tem a versão RS, de entrada, a R$ 204.990; e a Premier, topo de gama, por R$ 221.990. E qual o grande negócio?

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Como é o novo Equinox

O design evoluiu bastante. De frente, de certos ângulos, o novo Equinox me lembra alguns modelos da Volvo, justamente por conta do friso que nasce na gravatinha da grade e atravessa os faróis, que são sempre de LED (nas duas versões). As luzes de seta seguem na parte de baixo, mas agora a seção ficou mais verticalizada.

De lado, o SUV tem novas rodas. Mas o grande destaque é o tamanho. Com 4,65 m de comprimento, 2,73 m de entre-eixos, 1,84 m de largura e 1,70 m de altura, ele é maior que todos os carros que citamos no início do texto e chega perto ao tamanho de um Tiguan, ainda que o carro da Volks seja superior e compita contra Ford Bronco Sport, Peugeot 3008 e outros SUVs que já encostam nos R$ 280 mil.

Na traseira, novidade no formato óptico das lanternas e um novo protetor de pára-choques. Curioso notar que a versão mais cara, Premier, manteve a opção de tração integral, algo que veio do primeiro Equinox importado para o Brasil - aquele que tinha motor 2.0 e o câmbio de nove marchas usado pelo Camaro nos Estados Unidos.

Por dentro

Se você prestou atenção, leu que o sistema de tração integral continua. E isso é ótimo para diversas situações, como a necessidade de encarar estradas de terras um pouco mais chatas onde carros 4x2 dão aquela "penada". Só que o motor é o mesmo, tanto na versão mais cara como na RS, de entrada.

Falamos do conjunto 1.5 turbo com injeção direta (de gasolina, não flex), que rende 172 cv e 27,8 kgf.m de torque. Sim, beber só gasolina pode pesar contra, mas mesmo assim vale dizer que a Chevrolet faz questão de deixar claro que, entre os concorrentes, o Equinox é o mais rápido, já que pode acelerar de zero a 100 km/h em 9,2 segundos e atingir 199 km/h de velocidade máxima.

Aliado a este motor está o câmbio automático de seis marchas com aquelas opções de trocas de marcha por um botão lateral da própria alavanca, algo totalmente sem sentido. Mas, se mantiveram, é porque tem cliente que gosta. Só que o grande foco do SUV não é a esportividade. Nem na versão RS. Os focos do Equinox são o espaço interno e a boa lista de equipamentos que ele oferece.

Espaço interno

Tudo isso, diga-se, sem atrapalhar o espaço do porta-malas, que é muito bom e recebe até 478 litros de bagagem - e que pode chegar a 1.627 litros se os bancos traseiros forem rebatidos.

Muito bem equipado

A boa oferta de equipamentos nivela o Equinox aos carros dessa categoria, ainda que de certa forma ele custe mais caro. Na Premier, vem com alerta de colisão frontal com detecção de pedestre; frenagem autônoma de emergência; alerta de ponto cego e de movimentação traseira; vibração de segurança no banco do motorista e alerta de esquecimento de itens no banco traseiro.

Fora isso, ele tem tudo que um carro desse valor precisa ter, como direção elétrica, ar-condicionado de duas zonas, freio de estacionamento por botão, carregador de celular sem fio, estacionamento automático, bancos dianteiros com ajuste elétrico, wifi, telecinética OnStar, teto solar panorâmico e a central multimídia MyLink de última geração, além de diversos controles via aplicativo.

Na comparação com a versão RS, vale dizer, ele traz de adicional o teto solar, o sistema AWD, o carregador de celular sem fio e mais alguns outros detalhes, além de leves diferenças estéticas, já que o Equinox RS tem acabamentos pintados de preto, como as rodas, que na versão Premier são diamantadas e de aro 19".

E como roda?

Na hora de dar um rolê a primeira coisa sobre a qual precisamos falar, como destaque, é a suspensão traseira independente - que faz uma diferença enooorme em curvas. É assim também no Compass e no Taos, embora não aconteça da mesma maneira com o Corolla Cross.

O Equinox tem bom fôlego: roda bem, tem motor muito bem acertado com a caixa de câmbio e não faz feio em necessidades como ultrapassagens ou arrancadas de faróis. Calma, aqui vamos repetir: ele não é um carro ligeiro, mas vale lembrar que nenhum concorrente tem esse tipo de proposta, certo? E mais: mesmo assim, entre os rivais que citamos, ele é o mais rápido.

Só que tem um diferencial: bebe só gasolina. Segundo dados do Inmetro, faz 9,3 km/l na cidade e 11,5 km/l na estrada graças ao "baixo peso" de 1.561 quilos - isso se considerarmos o tamanho do SUV. Em nossas mãos, o carro registrou uma média de 10 km/l, muito boa se lembrarmos que rodamos sempre com outra pessoa a bordo e com o ar-condicionado ligado.

Também gostei muito da posição de dirigir e do nível do acabamento. É bem cuidado, sem excesso de plásticos duros e muitas partes do painel são forradas com materiais macios ao toque, o que reforça sua proposta de ser luxuoso, com a vantagem de também ser... o mais espaçoso dessa categoria!

Conclusão

Meus amigos, a conclusão desse nosso rolê com o Equinox é a seguinte: o carro é bom, muito bom, mas foi claramente posicionado em uma faixa de preço onde o comprador dificilmente vai olhar para ele - afinal, por esse valor já é possível enxergar opções mais caras ou partir para um Compass com motor a diesel.

Ainda assim, o Equinox não deixa de ser um ótimo produto, que certamente vai emplacar tudo o que a GM trouxer de fora - afinal, vem importado do México em lotes limitados. E isso vai contribuir para que o modelo continue sendo o Chevrolet mais vendido do mundo.