Citroën Xsara Picasso Automatique, de cara nova, ganha fôlego extra

Bom motor confere agilidade à minivan, rejuvenecida com uma leve retocada na dianteira


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Gustavo Ruffo
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- Quando a Picasso com a frente nova foi apresentada à imprensa, em julho do ano passado, antecipamos que a medida tinha o objetivo de segurar mercado para a C4 Picasso de cinco lugares, que deve ser fabricada na Argentina no máximo até o final do ano que vem. A aparência do futuro modelo vai se tornar mais familiar aos brasileiros a partir de abril, quando chega, importada da França, a Grand C4 Picasso, com sete lugares. O preço será de cerca de R$ 90 mil. O caso é que, por pouco menos de R$ 15 mil, a Xsara Picasso Exclusive BVA Boîte de Vitesse Automatique, francês para transmissão automática oferecerá a muitos compradores uma relação custo/benefício bastante atraente. Foi ela que o WebMotors avaliou para esta semana.

Atualizada em relação à nova identidade visual da marca e com um bom pacote de equipamentos, o modelo teria seu maior “pênalti” justamente no câmbio automático, de apenas quatro marchas. É certo que um carro como o Xsara Picasso não tem e não deveria ter a menor pretensão de ser esportivo, mas o que muitos câmbios automáticos de menos de cinco marchas fazem não é afetar a esportividade. Muitos, na verdade, tiram do veículo a capacidade de reagir adequadamente, como numa ultrapassagem. Não é esse o caso da transmissão da Picasso.

Alguém de fora pode achar que isso se deva exclusivamente ao excelente motor 2-litros 16V que a equipa, com 138 cv a 6.000 rpm e 20 kgm a 4.100 rpm. Com torque de sobra, ele teoricamente não deixaria uma eventual lentidão de respostas do câmbio ficar evidente, mas não é bem assim. O mérito se deve também à transmissão.

Em primeiro lugar, ela perdeu a rebeldia de não reduzir as marchas quando o motor já está em uma rotação um pouco mais alta. Isso é especialmente verdadeiro quando se aciona a opção “S” Sport, que torna as trocas de marcha mais ágeis e mantém a rotação do motor numa faixa de bastante força. Modelos anteriormente avaliados com esse câmbio, como o Peugeot 307 Griffe, não tiveram o mesmo desempenho apresentado pela minivan.

Assim, em situações de trânsito, basta chamar o motor no pedal do acelerador que ele responde com docilidade e de maneira adequada. Nada que agrade a um amante de modelos mais fortes, mas, cá para nós, ninguém com esse perfil compraria uma minivan, nem que fosse para carregar os filhos.

E isso se nota rapidamente ao dirigir a Xsara Picasso. A posição do volante, bastante deitada, é típica de vans. O banco, alto e sem apoio, pode favorecer a visão do trânsito, mas desestimula qualquer curva um pouco mais atrevida. Esportiva, então... A suspensão, apesar de firme, também não foi feita para nada que não seja vencer lombadas e valetas.

Para um motorista que realmente goste de dirigir, a melhor escolha diz respeito às peruas, como a Toyota Fielder, a Peugeot 307 SW e a Renault Mégane Grand Tour. A própria Peugeot, no Salão de Genebra, mostrará uma perua que fará uma enorme sombra às minivans, com sete bancos e versatilidade acima da média, a 308 SW. É o modo que a PSA, empresa que controla Citroën e Peugeot, encontrou de atender a todos os gostos.

O ponto forte da Xsara Picasso fica por conta de seu espaço interno e de seu enorme porta-malas de 550 l, mais versátil que o de sedãs, como o do Ford Fusion, por exemplo, que quase se iguala em capacidade, devido ao seu formato, que permite o transporte de diversos tipos de objetos.

Opcionalmente, a minivan pode vir equipada com um DVD de teto, para distrair as crianças e os passageiros mais enfadados com uma viagem longa. Assistir a filmes é tarefa simples e que não distrairá o motorista, uma vez que há fones de ouvido sem fio para os passageiros do banco de trás.

O segmento de minivans precisa urgentemente de renovação no Brasil e não é a reestilização que a Xsara Picasso sofreu que fará com que o quadro se altere, mas que ela continua a ser um bom produto para quem quer um transportador de pessoas, não há a menor dúvida.

FICHA TÉCNICA – Citroën Xsara Picasso Automatique


MOTOR Quatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, quatro válvulas por cilindro, refrigeração líquida, 1.998 cm³
POTÊNCIA138 cv a 6.000 rpm
TORQUE 20 kgm a 4.100 rpm
CÂMBIO Automático de quatro velocidades
TRANSMISSÃO Dianteira
DIREÇÃO Hidráulica, por pinhão e cremalheira
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 15”, de liga-leve
PNEUS Dianteiros e traseiros Michelin XH-AS 185/65 R15 88H
COMPRIMENTO 4,27 m
ALTURA 1,63 m
LARGURA 1,75 m
ENTREEIXOS 2,76 m
PORTA-MALAS 550 l
PESO em ordem de marcha 1.326 kg
TANQUE55 l
SUSPENSÃO Dianteira independente, tipo McPherson; traseira com braços arrastados
FREIOS Discos ventilados na dianteira e tambores na traseira
PREÇO R$ 75,39 mil


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