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Honda Fit LX CVT poderia ser mais recheado

Versão custa R$ 62.900 e é equipada com motor 1.5 16V e transmissão automática


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Excelente opção de compra, se não fosse o preço. O Honda Fit definitivamente é um automóvel recheado de qualidades que conquistam facilmente os consumidores mais racionais, como espaço interno, modularidade, bom acabamento e desempenho na medida para encarar a cidade e uma estrada, uma vez ou outra. No entanto, o monovolume que assumiu de vez seu lado hatchback nesta última geração parte de R$ 52.700, e a versão que avaliei durante uma semana foi a LX com transmissão automática CVT, que custa R$ 62.900.

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Na garagem da WebMotors, ainda sem ‘bater’ na chave e sair rodando, me peguei prestando atenção na certa simplicidade do Fit. Apesar de sóbrio e extremamente justo – não há rebarbas nem encaixes malfeitos entre as peças -, os materiais não sugerem requinte. Os bancos não são revestidos em couro, não há tecido no painel das portas ou partes emborrachadas. Tudo é no plástico duro – o que não chega a ser um problema, mas por quase R$ 63.000 um pouco mais de esmero não seria pedir muito.

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Também me chamou a atenção a falta de uma central multimídia e a presença apenas de um rádio simples (AM/FM/USB/Bluetooth). O Renault Sandero na versão GT Line, que custa R$ 13.910 menos, já traz uma central com tela de 7 polegadas sensível ao toque com diversas funções, entre elas navegação por GPS. O ar-condicionado também não é digital (poderia ser, também).

Ponto positivo para os ajustes de altura do banco, e de altura e profundidade da coluna de direção. Fácil encontrar a melhor posição ao volante, que tem boa empunhadura e é multifuncional – permite mexer apenas nas configurações de áudio, já que limitador e controlador de velocidade não estão disponíveis para esta configuração, infelizmente.

Rodando, no entanto, o Fit vai que é uma beleza. Conquista realmente. O motor 1.5 16V de até 116 cv de potência tem torque de 15,3 kgf.m a 4.800 rotações, suficientes para entregar saídas rápidas e retomadas intensas para um garoto que pesa apenas 1.080 quilos. Não espere cantadas de pneus, pois o câmbio é automático CVT (continuamente variável), que foca no conforto e não no desempenho. Mesmo assim, na cidade, o Honda é ligeiro.

A direção com assistência elétrica progressiva é a consumação da chamada comodidade. Leve ao extremo para fazer uma baliza e firme em uma condução com velocidade mais elevada. Une de maneira clássica o melhor dos mundos.

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A suspensão é firme (MacPherson na dianteira e barra de torção na traseira). Fazer curvas com mais intensidade ou abusar dos freios a ponto de o ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) entrarem em ação não provocam a inclinação da carroceria, transmitindo muita segurança. O problema é encarar os ‘buracos’ estilo ‘cratera’ que aparecem de surpresa nas vias paulistanas – que não são poucos. A batida é sempre seca e dá a impressão que os pneus 185/60 R15 e as rodas de liga leve de 15 polegadas foram para o ‘saco’. Mas neste caso o problema não é do carro, mas da administração pública – enfim...

O espaço interno do Fit também é muito legal. Com 3,99 metros de comprimento e 2,53 metros de distância entre os eixos, o Honda leva com folga cinco ocupantes. A coluna ‘A’ longa faz com que o modelo fabricado em Sumaré (SP) transmita sensação de amplitude. Quem não é muito amplo é o porta-malas, com apenas 363 litros. No entanto, graças à modularidade dos bancos – algo realmente invejável no Fit – a capacidade, com os bancos traseiros rebatidos salta para 1.045 litros. Esta flexibilidade, aliás, possibilita levar bicicleta e objetos ainda maiores com facilidade.

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CONCLUSÃO

O Honda Fit LX CVT é um excelente carro – pensando como máquina. Motor sob medida para o dia a dia na cidade e para encarar estrada. Câmbio confortável e em sintonia com o propulsor. Espaçoso. Confortável. Nível de ruído baixo. O problema, porém, está no valor (R$ 62.900) para uma lista de equipamentos de série pouco atraente para o consumidor. Uma central multimídia básica, um controlador/limitador de velocidade e um simples sensor de estacionamento traseiro já poderiam tornar a versão LX mais interessante.

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