Novo BMW X5 chega maior e melhor

Modelo bávaro quer recuperar terreno entre SUVs de luxo


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Luís Figueiredo
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- Pouco tempo depois de chegar ao Brasil, em 2000, o BMW X5 da série E53 código de identificação do projeto pela fábrica já era o utilitário esporte de luxo mais vendido do país, superando o Mercedes-Benz ML – até então líder nessa categoria de topo. Com o passar dos anos a concorrência foi se acirrando e a performance do X5 em vendas, caindo. Hoje o modelo não ostenta mais o título de nº 1 e está atrás de modelos como o novo ML, Porsche Cayenne e Land Rover Range Rover Sport.

Na busca pelo terreno perdido a BMW traz ao Brasil a nova série E70 do X5. O modelo manteve nome e algumas características da anterior, mas passou por profundas modificações nesta segunda geração. A princípio a marca alemã comercializará aqui apenas a versão de topo da linha, equipada com o motor V8 de 4,8 litros de cilindrada e 355 cv. Outro detalhe: os primeiros modelos serão os mesmos destinados ao mercado dos EUA.

A partir do mês de junho chega o X5 do mercado europeu, que tem algumas diferenças de acabamento e equipamentos em relação ao do americano. Somente em setembro virá a versão mais barata, equipada com motor de 6 cilindros em linha e 3 litros/272 cv. Os preços são de R$ 370 mil para o X5 Sport e R$ 350 mil para o X5 Top diferem-se em acabamento, menos sofisticado neste último. A versão de 3 litros deverá ter preço em torno de R$ 280 mil. A expectativa da fábrica é vender 350 unidades até o final do ano, somando os 33 carros da importação inicial.

O monobloco do X5 foi completamente revisado, com aplicação de aço de maior resistência em determinados pontos. A coluna traseira “C” foi reforçada, de forma a garantir a segurança dos ocupantes da terceira fileira de bancos. As alterações estruturais aumentaram a rigidez torcional do SUV em 15%, comparado à versão anterior.

O modelo está maior em todas as dimensões. Está 30 kg mais pesado, 5,9 cm mais alto e 1,7 cm mais largo. Em comprimento cresceu 18,7 cm, beneficiando a distância entre eixos, maior 11 cm passou de 2,82 metros para 2,93 m. Com isso, além de permitir mais 4 cm para as pernas dos passageiros do banco traseiro, foi possível inserir uma terceira fileira de bancos. Opcional no exterior, esse recurso será oferecido de série no Brasil.

Também houve mudanças nos recursos de eletrônica. Os sistemas de controle do veículo foram aprimorados e agora trabalham em maior integração. Todas as reações dinâmicas são monitoradas eletronicamente e para qualquer alteração é disparado comando de resposta. No caso de inclinação excessiva da carroceria em curvas, agem as barras estabilizadoras, que variam sua carga por meio de bomba hidráulica, ativada por sensor eletrônico, estabilizando o veículo. Também é variada a carga dos amortecedores e a resposta da direção – que tem carga variável de acordo com a velocidade e a necessidade do momento. Fazer tudo isso funcionar perfeitamente pode ser complexo, mas o resultado é simples: o novo X5 é bastante superior em dirigibilidade e desempenho em relação ao anterior.

Em breve avaliação no circuito de Interlagos, em São Paulo, foi possível andar nos dois modelos. A direção ativa é rápida e precisa, com apenas uma volta de batente a batente na anterior, duas. A diferença em relação ao X5 E53 é grande e evidente também em desempenho. A eletrônica aplicada no novo modelo colabora para que se tenha, ao volante, a sensação de estar guiando um automóvel – não um utilitário esporte grande como se tem no X5 substituído. Tanto que foi possível conduzi-lo com algum vigor pelo circuito, quando os excessos nas curvas foram devidamente corrigidos e a estabilidade, mantida. As irregularidades do piso são todas absorvidas pela suspensão, independente nas quatro rodas por braços triangulares superpostos na dianteira e multibraço na traseira.

O pneus 255/50 R19 são do tipo “run flat”, que dispensam estepe por poderem rodar por até 150 quilômetros na velocidade máxima de 80 km/h com o veículo completamente carregado, podendo cobrir uma distância ainda maior se o veículo estiver vazio. Por outro lado, são também mais caros – cerca de R$ 3.000,00 cada um.

Câmbio de 6 marchas Steptronic com trocas seqüenciais possui aprimorado conversor de torque. É o sistema denominado TTD, que age mantendo pressão constante do óleo no conversor, reduzindo a perda por deslizamento e assim garantindo velocidade de resposta 50% maior em trocas de marcha, acelerações ou reduções – de acordo com a fábrica. A tração é integral, distribuída entre os eixos dianteiro e traseiro na proporção de 40/60% e podendo variar de acordo com as condições de rodagem.

O motor V8 de 4,8 litros é mais um exemplo primoroso da engenharia bávara. Possui os sistemas duplo Vanos duplo comando de válvulas variável e Valvetronic que dispensa o uso de borboletas no coletor de admissão, além de gerenciamento eletrônico melhorado. De acordo com a BMW, o X5 4,8 acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos, atingindo 240 km/h de velocidade máxima.

O novo X5 está mais sofisticado em equipamentos. Na versão anterior, utilizava chave convencional. Nesta, usa a chave-cartão utilizado também em outros modelos, como os Série 1, 3 e 5 – todos avaliados pelo WebMotors. Também no anterior o freio de estacionamento era acionado por alavanca comum; agora é eletrônico, por tecla no console. Os faróis bixenônio possuem fachos direcionáveis, auxiliados pelas luzes de neblina, que se acendem para iluminar a parte interna de curvas ou manobras feitas lentamente.

Fazem parte do pacote de equipamentos sistema de som com toca-CD que reproduz arquivos MP3 e WAV, com disqueteira para 6 CDs no porta-luvas e ar-condicionado digital com duas zonas de resfriamento no exterior há opção de modelo mais sofisticado, com quatro zonas, que não será oferecido aqui, com saída para o banco traseiro. Sistema de controle multimídia iDrive, com tela de cristal líquido no painel, é aplicado pela primeira vez na linha X5.

Seu porta-malas tem 620 litros de capacidade com a terceira fileira de bancos rebatida 110 litros a mais do que a versão anterior, sendo que sob o assoalho há um subcompartimento com 90 litros de capacidade. Rebatendo-se a segunda fila de assentos, a capacidade da bagagem aumenta para 1750 litros 200 litros a mais. Com a terceira fila de assentos levantada, a capacidade para bagagem é de 200 litros.

Se o X5 conseguirá recuperar terreno em um segmento tão restrito limitado a algo em torno de 1.500 unidades/ano e disputado, o tempo dirá. Mas há vastos recursos para isso.

Se os SUVs de luxo fazem sua cabeça, dê uma olhada nessas opções:

Audi Q7

BMW X5

Land Rover Range Rover Sport

Mercedes-Benz ML 500

Porsche Cayenne

Volkswagen Touareg

Volvo XC90

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