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Volvo C40 é lindo, esportivo, moderno e não polui

Aceleramos o novo carro da marca, que chega ao Brasil nos próximos dias com a promessa de "popularizar" o SUV elétrico

por André Deliberato

Não sou tão fã de SUVs, mas confesso que gosto muito do desenho do Volvo XC60, principalmente de sua 2ª geração, lançada ao mundo e no Brasil em 2017. Para mim, o visual da traseira do único utilitário médio da marca sueca é arrebatador. Mas nos últimos meses surgiu um novo modelo com ainda mais charme quando visto de costas. Falo do recém-lançado Volvo C40.
O teste de hoje é sobre o rolê que dei com ele nos entornos da Cidade do México, na semana passada. Não é barato pagar R$ 419.950, temos total consciência disso. Mas pense pelo outro lado: para quem tem cacife e busca um SUV elétrico de categoria premium, as outras opções no Brasil são Audi e-tron, BMW iX, Mercedes EQC, BYD Tan e Jaguar i-Pace, que custam muito mais. Se olhar desse jeito...
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Volvo C40 é XC40 com ainda mais charme

Antes de falarmos sobre o teste, relembro por aqui o passeio com o XC40 que fiz no ano passado, em cidades próximas a Porto Alegre (RS). Muita coisa será parecida, principalmente quando falarmos sobre as respostas de direção, desempenho, consumo e autonomia. Comparados, os trajetos que fiz no México e no Rio Grande do Sul eram até semelhantes em distância (cerca de 240 km no total).
O C40 é R$ 20 mil mais caro que o XC40, que hoje sai por R$ 399.950. Tem mais charme por conta do desenho fluido e acupezado na traseira (não que o XC40 seja feio, muito pelo contrário!), mas perde em volume de porta-malas (de 460 para 413 litros). Anda forte igual o "irmão"? Tem boa lista de equipamentos? É o que vamos descobrir.

Forte como esportivo

Sim, o C40 anda muito. O torque de 67,3 kgf.m parece muito maior do que realmente é em arrancadas a partir do zero ou retomadas de velocidade. De acordo com a Volvo, o carro de 2.185 kg acelera de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos. E esse número assusta. Não os segundos medidos para fazer a arrancada, mas o peso do carro, porque realmente o SUV não parece tão pesado quanto é.
O câmbio como em todo carro elétrico é tradicional, automático, com uma marcha. E por ter dois motores (um em cada eixo, ambos com 204 cv de potência e 33,6 kgf.m de torque, que totalizam 408 cv e 67,3 kgf.m), o sistema de tração é integral, o que reforça ainda mais a segurança ao dirigir. Pelas ruas e estradas mexicanas, quanto fora da cidade (até porque, na capital, o trânsito é pior que o de SP), o carro voou.
A maior virtude do Volvo C40 está no nível de tecnologia embarcada e também na quantidade - e na qualidade - dos equipamentos internos. Como todo carro da marca sueca, o modelo é semiautônomo e roda praticamente sozinho quando o Pilot Assist é acionado - você precisa somente colocar as mãos sobre o volante a cada 10s para sinalizar ao carro que está ali.

Isso acontece graças ao sistema que corrige o carro em escapadas de faixa, que freia sozinho em situações de emergência e ao ACC, que por meio de radares consegue fazer com que o C40 possa seguir, frear e retomar a velocidade de acordo com o carro à frente - e você ainda consegue definir a que distância quer ficar do veículo. Se não houver carro para seguir, você define a velocidade e deixa o corretor de faixa fazer seu trabalho.
E em quanto tempo carrega? No sistema super-rápido, chamado de DC, são necessários 33 minutos para fazer a recarga de 10% a 80%. Já em um sistema convencional, feito em uma tomada de 220V, o tempo aumenta para aproximadamente oito horas. Durante nosso teste, os carros precisaram ser reabastecidos na metade da viagem (cerca de 120 km após a saída), mas a carga durou meia hora.

Luxo reconhecido

É claro que em um carro de R$ 420 mil o painel será luxuoso e sofisticado. Isso começa quando você senta nos bancos dianteiros e os ajusta eletricamente. Pisa no freio, coloca a manopla do câmbio em "D" e sai para dirigir - exatamente como no XC40 Pure Electric, não há botão de partida. De acordo com a marca, o C40 consegue rodar até 444 km no ciclo WTEP, o maior referencial na Europa.
Outro diferencial do C40 é o revestimento azul da parte de baixo da cabine - que só aparece em determinadas combinações de cores da carroceria. O tom de azul externo chamado "Fjord Blue", de lançamento, é bem bacana. Mas gostei bastante também do verde metálico. E ainda tem branco, prata, preto, vermelho...
Já o sistema de entretenimento segue o padrão que vemos em modelos da Volvo: tela na vertical de 12 polegadas com sistema nativo do Google, que oferece uma série de apps, além de espelhamento de Apple CarPlay e Android Auto sem necessidade de fio. Som da grife Harman Kardon complementa o requinte da cabine.
A configuração P8, que começa a ser importada agora, também vem de série com itens como faróis full-LED, ar-condicionado de duas zonas, carregador de celular por indução e painel de instrumentos digital de 9 polegadas atrás do volante.

Tamanho familiar

Obviamente, o C40 não é um SUV do tamanho do XC40 e muito menos do XC60 (que é 7 cm mais alto). Mas dá para levar três crianças (ou dois adultos) lá atrás. E quem senta na segunda fileira ainda conta com saídas de ar-condicionado exclusivas e duas portas do tipo USB-C.
É um belíssimo carro que dará aos interessados por SUVs elétricos premium mais uma possibilidade de compra, já que os concorrentes diretos hoje têm preços que beiram os R$ 600 mil - com exceção do próprio XC40, que sai por menos. Mesmo assim, se para você ainda é salgado, vale esperar pelo C40 P6, que deve chegar ainda este ano com apenas um motor, tração dianteira e menos equipamentos.
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