A Ford deu um passo importante rumo à eletrificação na América do Sul ao confirmar que a Ranger híbrida será produzida na região. No entanto, isso acontecerá somente a partir de 2027.
A novidade será fabricada na planta de Pacheco, na Argentina, e marca a expansão da linha da Ranger em um momento em que a picape vive forte crescimento comercial no continente.
Com o anúncio, o investimento total da Ford na fábrica argentina chega a US$ 870 milhões — somando um aporte extra de US$ 170 milhões aos US$ 700 milhões aplicados entre 2021 e 2025.
Esse processo já modernizou completamente o complexo, com uma nova planta de motores e a inclusão das versões cabine simples na linha.
Agora, o ciclo evolui com a chegada da versão eletrificada, reforçando a estratégia da Ford de oferecer diferentes opções de motorização ao consumidor sul-americano.
A Ranger híbrida plug-in não é inédita globalmente. Em mercados como o a Europa, ela já está disponível com um conjunto mecânico que combina o motor 2.3 EcoBoost turbo a gasolina de 102 cv de potência com um motor elétrico de 101 cv e bateria de 11,8 kWh. A potência combinada é de 279 cv e o torque chega a 70,3 kgfm, sempre com câmbio automático de 10 marchas.
No entanto, a Ford ainda não confirmou se essa configuração será a mesma oferecida na América do Sul ou se a versão regional terá outro conjunto motriz.
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Durante o anúncio da produção do novo modelo, a Ford afirmou que a Ranger híbrida plug-in unirá condução silenciosa e zero emissões no modo elétrico, mas com autonomia estendida garantida pelo motor a combustão.
E, claro, sem abrir mão de atributos essenciais da picape, como capacidade de carga, força para reboque e aptidão off-road.
Hoje, no Brasil, a única picape média com sistema híbrido plug-in (motor a combustão + motor elétrico recarregável na tomada) é a BYD Shark, que entrega 437 cv de potência combinados e até 730 quilômetros de autonomia total.
No entanto, por ser um segmento de público mais tradicional e conservador que o dos compradores de SUVs, por exemplo, por aqui a picape chinesa ainda não cativou o consumidor como pretendia. Conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a picape da BYD vendeu, este ano, até agora, apenas 855 unidades.
Ou seja, quando chegar ao país, a Ford Ranger PHEV terá como missão disputar espaço em um segmento ainda nascente, mas com potencial de expansão.
A nova geração praticamente dobrou a participação da Ford Ranger entre as picapes médias na América do Sul, tornando-se a picape cujas vendas mais crescem no segmento.
Em 2025, quando completa 30 anos na região, ela deve atingir um recorde de 76 mil unidades produzidas, com expectativa de ultrapassar 80 mil unidades anuais em 2026.
No Brasil, a Ranger se tornou o principal produto da marca. Ainda de acordo com a Fenabrave, o modelo teve 24.816 unidades emplacadas entre janeiro e setembro. Tal resultado faz dela a segunda picape média mais vendida do País, atrás apenas da líder Toyota Hilux, com 36.155 emplacamentos registrados no mesmo período.



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