A Ranger 2023 acaba de dar o ar da graça. A nova geração da picape média da Ford foi apresentada globalmente, com várias influências das irmãs F-150 e Maverick. No Brasil, a estreia está prevista para 2023, quando o modelo começará a ser fabricado na unidade da marca norte-americana na Argentina.
Por enquanto, apenas apresentação global mesmo. A produção para valer desta nova Ranger só começa na Tailândia e na África do Sul no primeiro semestre 2022, já como linha 2023.
No design, a nova Ranger vai mostrar bem o seu posicionamento de ser o meio-termo entre a Maverick e a F-150 - este, o veículo mais vendido dos Estados Unidos. A renovada picape média pega elementos estéticos das duas irmãs e isso fica já evidente nos faróis com em forma de "C" com luzes diurnas de LEDs acompanhando o desenho das lentes.
A generosa grade escurecida traz uma barra - cromada na versão Sport - que corta quase toda a frente e invade a área do conjunto ótico. Os faróis de neblina no para-choque acompanham o estilo em "C", e na configuração Wildtrack há um peito de aço na parte inferior e as molduras da grade formam uma espécie de "X" frontal.
Nas laterais, a nova Ranger mantém um padrão mais picapeiro, com linha de cintura reta, mas a carroceria está mais musculosa, com uma cavidade na parte inferior das portas, o que dá a impressão de uma picape mais larga. A traseira remete mais à Maverick - recentemente mostrada no Brasil -, com a parte de baixo da tampa cavada com o nome da picape em relevo, enquanto as lanternas de LEDs verticais ganham seções bem pontuais.
Na cabine, a nova Ranger mudou bastante. O painel está mais retilíneo e limpo, o quadro de instrumentos é eletrônico, mas o que logo salta aos olhos é a enorme tela de 12" disposta na vertical da central multimídia Sync, que começa no tablier e se integra ao console central. O volante é igual ao da Maverick, enquanto a pequena alavanca do câmbio, ao estilo joystick, chama a atenção.
A Ford diz que o chassi atualizado melhorou a dirigibilidade da Ranger 2023. O eixo dianteiro foi posicionado 5 cm à frente da atual geração, o que, segundo a engenharia da marca, vai melhorar a robustez e a dinâmica da picape média.
Nos motores, a única novidade será o 3.0 V6 turbodiesel que já equipa a F-150 - a picape grande, a propósito, também estreia no Brasil no ano que vem. Além disso, a linha manterá o 2.0 a diesel - com um ou dois turbos - e o 2.3 Ecoboost a gasolina. O câmbio automático pode ser de seis ou 10 marchas, enquanto a tração é integral com uma inédita opção de 4x4 sob demanda - que se ajusta automaticamente ao tipo de terreno e dificuldade da pista.