Pegadinhas com o nome, easter eggs e teasers. O Jeep Commander seguiu a lógica (e a mesmice) da estratégia dos últimos lançamentos da indústria. É a prática de apresentação em doses homeopáticas para gerar mídia e expectativa - como se um inédito SUV de 7 lugares fabricado no Brasil, por si só, já não causasse expectativa. Enfim, às vésperas do seu lançamento oficial, a equipe do WM1 tenta ser mais objetiva que a marca e adianta tudo que sabe sobre o novo utilitário esportivo.
Para início de conversa, a Jeep faz um enorme esforço para dizer que o Commander não é um "Grand Compass". Porém, já no desenho fica difícil evitar comparações. Antes de mais nada, o modelo é produzido em Goiana (PE) sobre a mesma arquitetura do irmão menor.
As semelhanças são evidentes na frente, com a grade mais estreita e vincada e faróis retilíneos integrados. Já na traseira também imperam os elementos horizontalizados, porém o estilo se aproxima mais ao do novo Grand Cherokee - que será lançado por aqui até o fim do ano.
Para ter seus sete lugares, o Jeep Commander obviamente é maior que o Compass (este tem 4,40 m de comprimento e 2,63 m de entre-eixos). Espere de 30 cm a 40 cm a mais de uma ponta à outra dos para-choques e por uns 15 cm a mais no entre-eixos para fazer caber os dois banquinhos extras lá na terceira fila.
Em um dos vídeos preliminares do Jeep Commander foi possível destrinchar um pouco da cabine do modelo - muito provavelmente da versão topo de linha. O SUV terá quadro de instrumentos eletrônico e configurável, painel em dois tons revestido de suede, central multimídia com tela destacada do painel e bancos de couro.
Obviamente, é esperado aquele pacote de itens de auxílio ao motorista. O Jeep Commander será lançado com equipamentos como piloto automático adaptativo, frenagem autônoma com detecção de pedestres, carros e ciclistas, assistente ativo de permanência em faixa, alerta de tráfego cruzado, sensor de ponto cego, entre outros.
Obviamente que o recheio mais completo estará na versão topo de linha já revelada nos teasers, a Overland. Só não espere uma gama com muitas opções, como ocorre com o Compass. O Jeep Commander deverá ter poucas configurações. De certo mesmo, as mesmas opções de motores do parente de fábrica.
As configurações iniciais usarão o novo motor T270 turboflex que estreou nas linhas 2022 da Fiat Toro e do Compass. O 1.3 de quatro cilindros gera 185 cv de potência com etanol e 180 cv, com gasolina, além de toque acima dos 28 kgf.m. Com este propulsor, o câmbio será sempre o automático de seis marchas.
As variantes mais completas serão o grande diferencial da linha em relação à maioria dos rivais. O Jeep Commander será um dos poucos com opção turbodiesel e tração 4x4. No caso, o também conhecido 2.0 de 170 cv e 38,7 kgf.m, que atua em conjunto com a transmissão automática de nove velocidades da ZF.
O Jeep Commander é um SUV médio mas será posicionado acima do Compass justamente para brigar com outra turma. A estratégia é ser um SUV com custo/benefício mais agressivo em relação a Volkswagen Tiguan, Honda CR-V, Kia Sorento e Mitsubishi Outlander - todos importados.
Desta forma, o Jeep Commander deve partir dos R$ 220 mil nas versões com o turboflex. E de R$ 250 mil quando equipado com o conjunto turbodiesel e tração nas quatro rodas.
Fique ligado que amanhã (26/8) você saberá tudo sobre o Jeep Commander aqui no WM1. E também a primeira avaliação com o novo SUV de sete lugares.