Renault vai ter SUV anti-Compass no Brasil

Grupo francês divulga seu novo plano estratégico global com foco no segmento de médios e em eletrificação

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Renault vai ter SUV anti-Compass no Brasil
Fernando Miragaya
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

Em um evento digital, o Grupo Renault revelou seu plano estratégico global para os próximos anos e isso diz muito respeito ao Brasil. Com base no Renaulution (o nome do planejamento...), a marca prepara investimento em eletrificação, redução de custos e lançamentos com foco nos segmentos mais rentáveis, o que implica em um novo utilitário médio para a América Latina.

Este modelo seria um SUV anti-Compass da Renault no Brasil. É que, pelo plano estratégico, o fabricante quer investir pesado no segmento C, o de médios, cujas margens de lucros são mais generosas. A previsão é de lançar cinco modelos nesta categoria até 2025. Um deles será voltado para os tais mercados emergentes, ou seja, o nosso.

E aqui, mais uma vez, a montadora vai recorrer à... Dacia, a marca romena de baixo custo do grupo, para seguir essa diretriz. Durante a apresentação online, o presidente do Grupo Renault, Luca Di Meo, citou o Bigster, carro-conceito que dará origem a um utilitário esportivo médio, do porte do Jeep Compass, e que será posicionado acima do Duster.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

A expectativa é que o modelo seja vendido com emblema romeno na Europa em 2022, e no Brasil, com símbolo Renault, a partir de 2023. O SUV anti-Compass da marca francesa, a propósito, pode ser produzido em Resende (RJ), já que a ideia da aliança Renault-Nissan é otimizar custos nas unidades brasileiras e a fábrica fluminense pode ficar voltada para a produção de SUVs.

2021 Dacia Bigster Concept (1)
O SUV anti-Compass da Renault será baseado nesse conceito aí, o Dacia Bigster
Crédito: Divulgação
toggle button

No plano, inclusive, isso ficou ainda mais evidente. A empresa prevê uma racionalização das plataformas de seis para três (com 80% dos volumes do Grupo Renault baseados em três arquiteturas da Aliança) e também de motores, de oito para quatro famílias de propulsores globais.

O jipão derivado do Bigster deve usar o 1.3 turbo, fruto da parceria da aliança com a Daimler (dona da Mercedes-Benz) e que vai estrear no Duster 2022, a ser lançado entre este e o próximo trimestre. No entanto, se no veterano SUV compacto o motor deve gerar por volta de 130 cv, no SUV anti-Compass terá mais de 150 cv.

Sandero, Logan e Duster

Sandero E Logan Ganham Novas Gerações Na Europa 3
Sandero e Logan já ganharam novas gerações na Europa. Aqui, desenho diferente, mas plataforma igual
Crédito: Divulgação
toggle button

Apesar do foco global no segmento de médios, a empresa - especialmente a filial brasileira - sabe que não dá para descuidar dos compactos. Na Europa, os modelos da Dacia ganharam uma terceira geração, em setembro de 2020, mas o hatch, o sedã e o aventureiro Stepway aqui devem mudar entre 2022 e 2033 - eles foram renovados recentemente, em 2019.

E esqueça o estilo adotado na linha europeia no ano passado. Conforme imagens de patentes vazadas na internet, os modelos adotarão um design mais próximo ao do Clio europeu. Ambos, porém, usarão a mesma plataforma CMF-B dos seus pares europeus, e serão feitos, ao que tudo indica, em São José dos Pinhais (PR).

Essa arquitetura também servirá à próxima geração do Duster por aqui. Mas isso é coisa para 2023. Uma curiosidade sobre esta plataforma é que ela permite versões eletrificadas. Teremos um Duster híbrido?

Claro que tem elétrico!

Por falar em eletrificação, no Renaulution, obviamente, tem investimento nesse segmento também. E nada modesto. Metade dos lançamentos da marca na Europa terá motorização 100% elétrica, segundo o plano do grupo, enquanto 35% do mix dos modelos atuais será de versões híbridas.

Para tal, a marca vai erguer um polo de produção elétricos, que deve ficar no norte da França. O planejamento também prevê joint venture para desenvolvimento de tecnologias de veículos movidos a hidrogênio.

Comentários