Você viu aqui no WM1 no começo deste mês que o Tiggo 3X, lançado há exatamente um ano, já saiu de linha no Brasil. Segundo a marca, a decisão faz parte de uma premissa da Caoa Chery de se tornar produtora de veículos eletrificados já a partir de 2023 - mais especificamente, até o final do ano que vem -, seja de híbridos ou de EVs, os 100% elétricos.
O comunicado ainda nos informou sobre a paralisação das atividades da planta industrial de Jacareí (SP) - que passará por "readequação e modernização para passar a produzir os novos modelos", que integrarão o portfólio eletrificado da marca. Mas quais produtos serão esses?
Também já comentamos aqui que com o fechamento temporário da unidade de Jacareí, a fábrica do grupo em Anápolis (GO) será, por ora, a única responsável pela produção dos outros carros da empresa - e com isso, o Arrizo 6, único que era feito ao lado dos Tiggo 2 e 3X na sede paulista, virá importado. Faz sentido, afinal o sedã médio emplacou só 864 unidades de janeiro a abril - contra mais de 12 mil do líder de sua categoria, o Toyota Corolla.
Mas o que vai acontecer com o local até a chegada dos novos produtos?
Aqui no WM1 vamos focar em quais novidades a planta pode nos reservar para os próximos anos. Vale lembrar que a assessoria da Caoa Chery nos informou que os carros que chegam esse ano seguem tendência de "mobilidade verde" - isto é, serão 100% elétricos ou híbridos.
O primeiro deles será o compacto eQ1, criado e pensado para concorrer diretamente com o Renault Kwid E-Tech, lançado pela marca francesa no mês passado e que, com preço de R$ 142.990, roubou da JAC o título de carro elétrico mais barato do Brasil, que pertencia ao e-JS1 (R$ 164.900). Serão os três subcompactos 100% elétricos com foco urbano vendidos no Brasil por menos de R$ 180 mil.
E por aqui, vale lembrar, o eQ1 será, neste primeiro momento, importado, e não feito no Brasil, embora, segundo algumas fontes ligadas à Chery, a nacionalização de seus futuros projetos seja quase que "inevitável". De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a fábrica será "refeita" e retomada em 2025, quando se encerra o atual ciclo de investimentos da sede de Goiás.
É de se imaginar, portanto, que o eQ1 e os outros modelos elétricos e híbridos da empresa tenham projetos de fabricação no Brasil - como o próprio Arrizo 5e, hoje vendido somente para o mercado de frotistas, que também pode voltar a ser oferecido por aqui nos próximos anos justamente por já estar adequado ao novo formato eletrificado que a empresa enxerga seu futuro.
Os SUVs deverão se tornar híbridos, ainda que hoje sua produção seja concentrada em Anápolis (GO). Lá fora, o Tiggo 7 Pro - chamado de Tiggo 7 Plus -, por exemplo, já oferece uma configuração com mecânica híbrida, que combina um motor 1.5 turbo a gasolina de 147 cv a um elétrico, que juntos rendem cerca de 170 cv e prometem consumo médio de quase 17 km/l.
Mesmo que os Tiggo 5X, 7 e 8 sejam - e devam continuar, mesmo - feitos em Anápolis (GO), é possível dizer que conjuntos híbridos derivados desse projeto que existe lá fora possam fazer parte da "nova" fábrica de Jacareí, que até pouco tempo atrás fazia Tiggo 2 e 3X - e, com isso, é permitido prever que essa dupla volte no futuro, também movida por sistemas eletrificados.
Em resumo, o que podemos concluir, por ora, ainda que de forma extraoficial, é que daqui a três anos a sede de Jacareí irá retornar com sua capacidade máxima e irá produzir eQ1, Arrizo 5e e as versões híbridas de Tiggo 2 e Tiggo 3X - ou de um único SUV pequeno que "substitua" essa dupla. A ver.



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