O Omoda 3 será vendido no Brasil em 2026. Mais do que isso: o SUV subcompacto será fabricado em solo nacional (muito provavelmente no interior de São Paulo), terá motor flex e custará cerca de R$ 120 mil. Tudo isso para não ser apenas mais um na multidão, mas sim um rival de peso para Volkswagen Tera, Fiat Pulse, Renault Kardian e, futuramente, Nissan Kait — que deverá ser lançado entre o final deste ano e o início do ano que vem.
Até o momento, a Omoda Jaecoo revelou oficialmente apenas que o Omoda 3 será vendido no Brasil em 2026, assim como o Jaecoo 5 e o Jaecoo 8. No entanto, juntando o que algumas fontes ligadas ao mercado têm dito e informações que foram compartilhadas com um grupo de jornalistas durante a apresentação dos novos Omoda 5 e Omoda 7, podemos concluir que a estratégia da marca chinesa é entrar no segmento dos SUVs subcompactos com um produto nacional. Vamos montar este quebra-cabeça...

O primeiro passo para nossa conclusão foi dado pelos próprios executivos da Omoda Jaecoo, quando confirmaram que o Omoda 3 será vendido no Brasil. A data, no entanto, não foi revelada.
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Durante a avant-première dos modelos Omoda 5 e Omoda 7, o diretor-geral das operações da marca chinesa no Brasil, Peng Hu, deixou claro que estão trabalhando, sim, para terem uma fábrica no Brasil, e que poderá até ser mais de uma planta. No entanto, não se aprofundou no tema, revelando que quem negocia essa estratégia é a alta cúpula da Chery, marca proprietária da Omoda Jaecoo.
Aqui temos mais um claro indício de que o Omoda 3 será feito no Brasil. Isso porque as operações de uma fábrica se justificam apenas para a produção de carros em volume — ou sua estratégia poderá flertar com o fracasso. E, olhando para as possibilidades de produtos hoje disponíveis pela Omoda Jaecoo, o que faz mais sentido em termos de volume é, claramente, o Omoda 3.
Quando se fala na possibilidade de mais de uma fábrica, o leque de opções fica maior. Porém, não precisamos ir muito longe. Peng Hu, ao explicar as questões das fábricas, falou sobre os elevados custos de se comprar uma unidade fabril no Brasil, atualmente.
Esse posicionamento abre um cenário: o Omoda 3 ser feito na antiga fábrica da Chery em Jacareí, interior de São Paulo. E o primeiro sinal claro de que a Omoda Jaecoo irá operar na cidade paulista é que, em fevereiro, a Caoa Chery doou uma parte do terreno da fábrica para uma empresa ligada à Omoda & Jaecoo.
Além disso, de acordo com uma fonte ligada ao mercado, mudanças na planta de Jacareí já estão ocorrendo. Não conseguimos cravar, porém, se estão sendo feitas por profissionais da marca chinesa ou não.
Ainda durante a apresentação de Omoda 5 e Omoda 7, executivos da marca falaram sobre o desenvolvimento de um motor flex, mas despistaram sobre o atual estágio dos trabalhos técnicos em cima dessa unidade de potência. Mas mencionaram que a produção local passa por ter um propulsor bicombustível. Ou seja: dentro deste cenário que estamos desenhando, o Omoda 3 terá motor flex.
O quinto e último passo dessa nossa caminhada é delicado, mas possível de se projetar: preço. Hoje, as versões topo de linha do Tera (SUV mais vendido do Brasil em setembro), Pulse (excluindo a Abarth) e Kardian partem de R$ 141.890, R$ 146.990 e R$ 149.990.
Levando em consideração que a Omoda Jaecoo tem adotado uma estratégia arrojada de preços, com modelos custando menos que seus rivais diretos, e que não deverá brigar com as configurações de entrada na casa dos R$ 100 mi, podemos projetar um Omoda 3 terá preço por volta de R$ 120 mil (preço inicial).
Caso todo esse nosso exercício, construído a partir de informações e possibilidades, se concretize — com o Omoda 3 sendo realmente fabricado no Brasil, tendo motor flex e custando cerca de R$ 120 mil —, a marca chinesa poderá, sim, incomodar os rivais do segmento.
Vai roubar o posto de mais vendido, atualmente ocupado pelo Tera? Acreditamos que não. Mas será um "jogador" muito importante a ser considerado pelo cliente.
Concorda?
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