Mobi Trekking une bom consumo a visual simpático

Mais um teste em que tenho a honra de dividir méritos com Silvia Garcia - mais para ela do que para mim, sem sombra de dúvidas. Hoje vamos falar do Fiat Mobi Trekking 2022, que recebeu um tapinha no visual, assumiu de forma definitiva a liderança de seu segmento este ano e continua a oferecer consumo de combustível arrebatador. Ele custa R$ 55.490.

O visual é algo que divide opiniões, mas não dá para negar que na versão mais aventureira o carrinho ficou mais simpático. Na frente, a grade preta agora também vem com o novo logo da Fiat, assim como já fazem Argo, Cronos, Toro e também fará o Pulse, e o capô tem um adesivo alusivo à versão.

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Como é o Fiat Mobi Trekking

As rodas de liga leve de 14 polegadas fazem parte do pacote Trekking. Na traseira, o modelo manteve a tampa do porta-malas de vidro que só pode ser aberta pela chave - e não por um botão no painel -, mas vem de série com sensor de estacionamento. O volume do bagageiro é o mesmo: 200 litros, que podem ser traduzidos por três mochilas médias ou uma compra pequena de supermercado.

Por dentro, a versão oferece itens como volante multifuncional com comandos de telefone e ajuste de volume e seleção da central multimídia (antes o equipamento não estava disponível); computador de bordo no painel de instrumentos; conjunto de entradas USB, auxiliar e tomada 12V; ar-condicionado e a central de entretenimento de sete polegadas com CarPlay e Android Auto.

Acabamento certinho

Não se trata de um carro de luxo e, por isso, vemos muito plástico duro na cabine, mas pelo menos o acabamento é certinho e bem feito. Em termos de tecido, os bancos têm dois tipos de revestimento e recebem costuras de outra cor que reforçam o apetite do modelo por um pouco mais de sofisticação que as versões mais convencionais.

Apesar da criatividade nos desenhos dos plásticos, como ranhuras e designs diferenciados, sentimos falta de um ajuste de posição do volante, que é totalmente fixo e não pode ser movido nem para frente, nem para trás, para cima ou para baixo. Pelo menos dá para ajustar a altura do banco, que pode ficar bem próximo ao assoalho ou bem lá para cima.

No espaço traseiro, as janelas não têm acionamento elétrico - porque os módulos eletrônicos são grandes demais para o tamanho das portas - e o espaço é bom para dois adultos somente se quem estiver na frente tiver menos de 1,70 m de altura. Agora, se o motorista e o passageiro tiverem mais de 1,80 m, azar das pernas de quem vai lá atrás, afinal o entre-eixos tem apenas 2,30 m.

Pelo menos agora uma lei determina que todo carro zero km à venda no Brasil tenha cinto de três pontos e apoio de cabeça no espaço traseiro, exatamente como acontece com o Mobi.

Motor e câmbio

O carrinho vem equipado com motor 1.0 aspirado de quatro cilindros com 75 cv e 9,9 kgf.m de torque, que é controlado por uma caixa de câmbio manual de cinco marchas. E, assim como a Silvia, no vídeo acima, achei que a embreagem, bem molinha e leve, ajuda no trânsito mais congestionado, de modo que o carro não canse depois de algum tempo.

Esse motor, já conhecido de outros modelos da Fiat, não tem o fôlego necessário para encarar uma rodovia com facilidade para fazer ultrapassagens, por exemplo, mas é suficiente para rodar pela cidade e vai desfazer sua amizade com o frentista, pois o consumo é excelente: 13 km/l em trechos urbanos e 14,1 km/l na estrada, com gasolina (8,9 km/l e 10,1 km/l, respectivamente, com etanol).

A vantagem de seus 3,57 m de comprimento e 1,67 m de largura vem justamente na hora de fazer manobras. Na prática, o Mobi cabe em vagas mais apertadas, naquelas em que você costuma achar que seu carro talvez não entre, e por conta disso fazer baliza deixa de ser dificuldade e passa até a ser algo divertido.

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Conclusão

Mas e aí, vale a pena pagar os R$ 55.490 pedidos pela Fiat pelo Mobi Trekking 2022? A resposta para essa pergunta engloba toda a atual situação de mercado e também o preço da concorrência, hoje composta somente pelo Renault Kwid, que pede praticamente a mesma coisa por um pacote de conteúdos bem parecido.

A resposta do mercado brasileiro sobre a aceitação do Mobi nos últimos meses parece que também ajuda a definir se vale ou não a pena bater o martelo. Hoje, o carro figura entre os cinco modelos mais vendidos do Brasil.