Volkswagen Taos Comfortline: o topo é logo ali

O Volkswagen Taos, ao menos pelo que viu aqui, no WM1, você já conhece muito bem. Afinal de contas, já te mostramos em detalhes o modelo em sua configuração de topo, a Highline. Desta vez, contudo, a unidade testada ostenta o pacote mais básico do SUV médio. Nossa estrela é o Taos em sua versão de entrada.

O Taos Comfortline, para começar, é oferecido em apenas quatro opções de cores. Uma delas é a Branco Puro, sólida, que se faz presente no modelo avaliado. Essa cor custa R$ 595, enquanto as metálicas saem por módicos R$ 1.410.

Na dianteira, a grande diferença entre a versão de entrada do Taos e a Highline é a ausência da tecnologia matricial IQ Light. Os faróis apresentam arranjo diferente e a grade do Comfortline não tem aquele filete de LED que faz as vezes de DRL.

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Outra nuance é que não há opção rodas escurecidas. Elas, porém, assim como na Highline, são de 18 polegadas. Além disso, teto e retrovisor no Taos Comfortline sempre vêm na cor da carroceria. Isso porque a versão de entrada não recebe o pacote de lançamento do modelo.

Também não temos nesta configuração os cromados na base das janelas e, tampouco, a extensão cromada no nome da versão, na porta. O rack de teto é preto, e não em prata como na opção mais cara. Para fechar, não há sequer a possibilidade de termos no Taos Comfortline teto solar panorâmico — opcional exclusivo ao topo da cadeia.

No habitáculo, nós temos, sim, algumas diferenças entre Comfortline e Highline. Na versão de entrada, o painel de instrumentos tem tela de 8 polegadas, contra a de 10,25 polegadas da versão de topo. Só que o quadro, complementado por dois mostradores de LED que indicam consumo e temperatura, vale destacar, é 100% digital. Isso é algo que nem a configuração de topo do Toyota Corolla Cross, por exemplo, tem.

Na unidade testada, os bancos têm revestimento em couro e aquecimento. O do motorista dispõe ainda de ajuste elétrico. Isso, porém, tem preço, e faz parte de pacote chamado pela montadora de Conforto.

Dimensões

Quem viaja aqui atrás goza de bom espaço, graças às dimensões do Taos. O túnel central, claro, é prejudicial, mas nada que incomode tanto. Além disso, os ocupantes do banco traseiro têm ainda à disposição saídas de ar-condicionado.

As dimensões do Volkswagen Taos Comfortline são as seguintes: 4,46 m de comprimento, 1,63 m de altura, 1,84 m de largura e 2,68 m de entre-eixos. O porta-malas tem 498 litros de capacidade, superior aos dos rivais Toyota Corolla Cross e Jeep Compass.

Itens de segurança e conforto

O Taos Comfortline, embora de entrada, vem bem equipado. O SUV tem, entre seus principais itens, ar-condicionado — que é de duas zonas —, carregamento de celular por indução, start-stop, retrovisor fotocrômico, acendimento automático dos faróis e central multimídia com tela de 10 polegadas e conectividade com Android Auto e Apple CarPlay. Para o CarPlay, bom frisar, não precisamos do glorioso fio.

No quesito segurança, o modelo já dispõe, nesta configuração, de seis airbags, controle eletrônico de estabilidade e de tração e detector de fadiga. Se o cliente quiser, poderá levar ainda controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência com detector de pedestres. Só que nem tudo são flores. Estes fazem parte de pacote opcional.

Dinâmica

O Taos Comfortline é feito sobre a plataforma MQB. Vem com o já conhecido motor 1.4 turbo TSI, mesmo de T-Cross e Tiguan. O propulsor também equipa, claro, a versão Highline do modelo. O motor gera 150 cv a 5.000 rpm e 25,5 kgf.m entre 1.400 rpm e 4.000 rpm quando abastecido com etanol.

Casa com o propulsor, o bem acertado câmbio automático de seis marchas, cujas trocas manuais podem ser feitas nas borboletas no volante. É uma união sem sobras. O Taos até que tem boa dinâmica para um veículo do segmento, mas não é nada que salte aos olhos.

As respostas são rápidas, o Taos tem o seu vigor. Além disso, se porta como um típico carro Volkswagen. A suspensão é bem calibrada, e o carro apresenta uma tocada mais parecida com a do Tiguan do que com a do T-Cross. O Taos, vale destacar, tem mais estabilidade que Compass e que o Corolla Cross.

A direção é direta, super competente, sempre na mão do condutor. Outra cortesia da engenharia alemã, que também supera os rivais.

Único descompasso mesmo é o acabamento do interior. É verdade que a VW melhorou muito nesse quesito, e que há alguma vontade aqui. Mas falta ainda, principalmente ante ao Compass, algum esmero.

Quanto ao consumo, se você tiver o pé leve, o Taos vai te deixar com um sorriso no rosto. Conseguimos boas médias de 11,2 km/l em ciclo urbano e 13,6 km/l em ciclo rodoviário.

Conclusão

Embora a Volkswagen tenha deixado o Taos Comfortline um pouco de lado e voltado seus olhos para o Highline, a versão de entrada do SUV não faz feio. Tem dinâmica típica dos modelos da marca e lista recheada de itens.

Os pacotes opcionais, porém, o deixam um pouco mais salgado e lhe falta maior possibilidade de customização, presente na versão de topo. Mesmo assim é um bom produto, que bate de frente com as opções mais caras da concorrência.