"Muscle Culture" é a coluna de André Deliberato (@andredeliberato no Twitter e no Instagram) no WM1, portal de notícias da Webmotors, que traz curiosidades, notícias e informações sobre uma das mais tradicionais filosofias de carros norte-americanas dos anos 1960 e 1970, mundialmente conhecida e representada pelos belíssimos muscle cars.
- Primeiro capítulo: Você sabia que Duster já foi um muscle car?
- Segundo capítulo: Qual foi o primeiro muscle da história?
- Terceiro capítulo: Muscles criados nos anos 60 que vivem até hoje
- Quarto capítulo: Afinal, o que é um muscle car?
- Quinto capítulo: Os cinco sobrenomes mais famosos do Mustang
- Sexto capítulo: Chevy Impala, o muscle car de Dean Winchester
- Sétimo capítulo: Muscle car ou pony car, entenda a diferença!
- Oitavo capítulo: Chevrolet Camaro, 10 anos de Brasil e 54 de vida
- Nono capítulo: Conheça versões do Mustang que não foram às ruas
- Décimo capítulo: Chevrolet Corvette, é muscle car ou não é?
- 11º capítulo: Por que um muscle restaurado é tão caro?
- 12º capítulo: A história do Ford Maverick, o "Mustang nacional"
- 13º capítulo: Chevrolet Monte Carlo, luxuoso como o principado
- 14º capítulo: Dodge Challenger vai perder V8, mas seguirá vivo
- 15º capítulo: Por que Dodge e Plymouth fizeram asas tão grandes?
- 16º capítulo: Dodge Charger será elétrico em 2024
- 17º capítulo: A história do Dart/Charger, o Dodge mais querido
- 18º capítulo: Mercury Comet: o primo-irmão do Ford Maverick
Camaro sedã: não seria muscle, mas seria Camaro
A torcida na real é para que esses três ícones que ainda existem, mas que estão com os dias contados - Chevrolet Camaro, Ford Mustang e Dodge Challenger -, consigam manter pelo menos os nomes em um futuro não muito distante, onde os motores térmicos (à combustão) serão vistos como destruidores do planeta e os elétricos terão prioridades - ou até já têm.A Ford já definiu isso com o lançamento do Mustang Mach-E, um SUV 100% elétrico, em 2019. Ele não é um muscle car e muito menos um Mustang como o que conhecemos e reverenciamos há mais de 50 anos, mas pelo menos a marca teve a dignidade de se inspirar no visual do pony car e dar ao SUV o nome mais emblemático de sua história para não deixar a trajetória de sucesso do passado para trás.
Já temos notícias - e até colunas minhas aqui no WM1 a respeito, basta dar uma olhada na lista aí de cima - de que Charger e Challenger seguirão vivos a partir do mesmo ano de 2024, embora com sistemas de propulsão híbridos ou elétricos. E isso eu até entendo, mas ainda não tenha certeza de que seguirão a filosofia dos musculosos carros norte-americanos.
Na verdade, aposto que também deverão mudar de formato - para sedã ou SUV. Isso porque lembro do que aconteceu com o Viper no meio da década passada. A Chrysler investiu milhões na construção de uma nova plataforma para o mítico superesportivo e ele saiu de linha poucos anos depois por ter sido considerado um fracasso - tanto nas vendas como na proposta dinâmica.
De volta ao Camaro, com a ideia da GM de transformá-lo em um sedã nos moldes do Tesla Model S, minha esperança se renova um pouco, ao menos pela vaga expectativa de que a Chevrolet consiga manter - ou possa tentar manter, claro - o icônico nome "Camaro" no modelo. Vale lembrar que a GM quer vender apenas carros elétricos a partir de 2035.
Desse jeito, dá para manter a fé e a esperança de que Mustang, Camaro, Challenger e até o Charger continuem vivos por mais alguns anos - ainda que em outras versões de carroceria e propulsão. É esperar para ver essa transformação...
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