É o fim. Para os apaixonados por muscle cars, agora é oficial: o Challenger Hellcat dura somente até 2023. Já falamos por aqui que o modelo seguirá vivo, sem o V8 e até que o Charger será um carro elétrico a partir de 2024, mas a confirmação dada por Tim Kuniskis, CEO da Dodge, no Salão de Los Angeles - de que o Hellcat tem só mais dois anos de vida - doeu como facada. Que já era esperada.
"Muscle Culture" é a coluna de André Deliberato (@andredeliberato no Twitter e no Instagram) no WM1, portal de notícias da Webmotors, que traz curiosidades, notícias e informações sobre uma das mais tradicionais filosofias de carros norte-americanas dos anos 1960 e 1970, mundialmente conhecida e representada pelos belíssimos muscle cars.
Não que isso vá mudar muita coisa na minha vida - e na de muitos que acompanham essa coluna -, mas é triste imaginar que carros tão apaixonantes como estes irão se transformar em sedãs, quiçá SUVs e até em outras bugigangas com motores elétricos. Também não estou dizendo que sou contra carros elétricos. Mas se é para dar adeus à filosofia dos muscles... que seja algo digno.
O Challenger Hellcat será aposentado pelas restritas normas antipoluição dos Estados Unidos e da Europa. É um dos últimos e legítimos muscle cars com motor extremamente poderoso, tração traseira e duas portas do jeito que gostamos, que seguem a filosofia original lá da década de 1960.
Mas há esperança. A Stellantis também já afirmou que irá investir 30 bilhões de euros (cerca de R$ 192 bilhões) até 2025 para eletrificar suas 14 marcas. Dentro desse investimento está um programa chamado eMuscle, 100% focado nos muscle cars equipados com conjuntos eletrificados.
É a mesma coisa? Essa resposta eu deixo para vocês. Mas de acordo com a filosofia original, um muscle car é um veículo de "um grupo de carros norte-americanos esportivos ou cupês com duas portas e motor potente". "Motor potente", ao meu ver, não significa necessariamente que ele precise ser à combustão...