Nissan X-Terra ressurge... no Oriente Médio
Nome batiza novo SUV, que continua baseado na Frontier, mas bem maior que o antigo veículo feito no Paraná
Lembra do Nissan X-Terra que a marca japonesa produziu por aqui? Foi um utilitário esportivo derivado diretamente da antiga Frontier nos anos 2000. O tempo passou e a marca japonesa resgata o nome do veículo, só que no Oriente Médio.
O novo Nissan X-Terra 2021 vendido lá fora é derivado da Frontier mas tem jeitão de Patrol
Crédito: Divulgação
Esse novo Nissan X-Terra continua a seguir a mesma lógica por lá, pois usa a base de longarinas da Frontier atual. Só que, assim como ocorre na linha Toyota Hilux e SW4, tem desenho "independente". E como a picape média cresceu junto com os rivais do segmento, esse SUV agora brigaria, por aqui, justamente com SW4 e o Chevrolet Trailblazer.
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O jipão tem desenho que remete ao Patrol, SUV popular nos Estados Unidos e também vendido no Oriente Médio. Os faróis retilíneos de full-led têm cortes que lembram uma seta, a grade em forma de V traz margens cromadas e as luzes de neblina estão em seções verticais no para-choque. Na traseira, o acabamento cromado em forma de arco "une" as lanternas tipo "asa".
Modelo vem equipado com itens de condução semi-autônoma, como controle de cruzeiro adaptativo
A cabine em nada lembra a Frontier. O acabamento aparenta ter materiais mais sofisticados e o revestimento do painel é em dois tons. O quadro de instrumentos é diferente e o SUV traz uma central multimídia com tela de 9 polegadas. Entre os equipamentos, controle de cruzeiro adaptativo com frenagem de emergência, monitoramento de faixa e sensor de ponto cego.
Recordar é viver
O nosso Nissan Xterra foi produzido no Paraná e vendido aqui entre 2003 e 2008
O SUV brasileiro tinha grafia diferente. Era escrito como Nissan Xterra (assim, tudo junto). Lançado em 2003, foi produzido em São José dos Pinhais (PR) junto com a então décima geração da Frontier (duas anteriores à atual). Usava motor 2.8 da MWM com 132 cv (que depois passou para 140 cv), câmbio manual de cinco marchas e tração integral.
O utilitário esportivo era elogiado pelo conforto e robustez, mas não conseguiu fazer frente ao Chevrolet Blazer da época, que dominava o mercado, e nem ao Pajero Sport de então. Para se ter uma ideia, a meta da montadora era vender 2.400 unidades/ano, mas ficou bem distante disso. Produzido até 2008, foram 8.143 emplacamentos. Hoje, é encontrado facilmente em nosso estoque exclusivo.
Para cá, as chances de o novo Nissan X-Terra ser vendido são ínfimas. A marca japonesa já quebra a cabeça para trazer o X-Trail híbrido por causa do dólar alto, e está com foco na reestilização do Kicks (que chega em fevereiro de 2021) e na produção em Resende (RJ) de um SUV menor, baseado no Magnite.
SUV médio tinha dirigibilidade elogiada, mas não vendeu bem no Brasil
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